Sejamos mais Paola Carosella – Precisamos falar sobre machismo

Sejamos mais Paola Carosella – Precisamos falar sobre machismo

Um dos temas mais comentados da última semana foi o “suposto” caso de machismo no Programa Masterchef. “Suposto”, porque, foi um assunto controverso em que muitas pessoas consideraram como machismo e outras acham que foi um exagero e vitimização por parte da sociedade.

Para quem está por fora, em um dos programas, o Chef Ivo falou para Chef Dayse pegar uma vassoura e varrer o chão se ela achava que não estava fazendo nada. Pronto! Como o assunto já está em voga, o Ivo deu um prato cheio para gerar polêmica e repercussão nas redes sociais.

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Se foi ou não um caso de machismo, não é o que eu quero discutir aqui, mas hoje em dia, com tanta pauta em torno do assunto, tanto sobre machismo, mas também sobre homofobia, preconceitos, racismo, classe social, temos que pensar muito antes de falar para uma mulher pegar uma vassoura e varrer o chão. Para mim, além de machista foi um comentário deselegante, desnecessário e rude para se fazer. Ainda mais em rede nacional.

O que mais me impressionou, foi como a participante Dayse, a que teve que ouvir uma atrocidade dessas, foi a que menos se importou com o caso. Isso porque, ela não se sente inferior por ser mulher. E esse é o ponto.

O que temos a aprender com a Paola Carosella

A chef Paola Carosella, disse em uma entrevista, que sua mãe sempre foi uma pessoa muito forte e trabalhadora, que nunca a educou falando que ser mulher é muito difícil. Nunca foi discutido caso de gênero em sua casa. E isso foi uma forma de não se criar preconceito e de não criar diferenças entre homem e mulher.

Admiro muito essa mulher: forte, chefe, clara, direta, com valores e opiniões fortes e bem definidas, e sua ironia sagaz e sem igual. Paola conquistou seu espaço e tem o respeito de muitos homens. Sabe por que? Porque ela se respeita, sabe do seu valor, potencial e trabalho. E por isso os outros a respeitam.

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E assim como a educação dela, a minha também foi assim. Tenho muitas mulheres fortes e confiantes na minha família, como minha mãe e minha avó que são muito trabalhadoras e duras. Claro que eu já sofri preconceitos, desde criança, por ser pequena e diferente até a fase adulta, por sempre ter a aparência de mais nova. Mas sempre que me senti inferior a algo, ou foi pela minha idade, experiência profissional, ou pela forma que agia, mas porque no fundo eu me realmente me sentia inferior por essas coisas. Mas nunca por ser mulher.

O que nós mulheres devemos fazer

A partir do momento que nós mulheres, nos respeitamos, nos impomos e não nos sentimos inferiores a qualquer homem, esses comentários machistas não nos afetarão. A sociedade nos respeitará cada vez mais. Se a gente se vê e age com igualdade, como eu sempre me senti, nunca vamos sentir machismo de nenhum homem. Porque a gente sabe do nosso valor.

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E por isso que a Dayse ou a Paola não sentiram “tanto” o machismo (como os telespectadores, a Ana Paula Padrão e outros participantes) e não se vitimaram tanto. Porque elas não se sentem inferior quanto a isso, por ser mulher. Até porque são mais machos que muitos homens! E quando você sabe que você não é inferior, isso muda a forma como você se vê, trata, lida e age com os outros. E consequentemente muda a forma como os homens e os outros tratam você.

PS: Sei que é muito difícil ainda conquistar o respeito e igualdade perante os homens, mas estamos cada vez mais quebrando tabus, avançando e mudando o pensamento machista da sociedade. Mas a primeira mudança tem que ser com nós, mulheres, como nós nos vemos e nos sentimos.

Por mais respeito, igualdade, auto confiança, auto estima e mulheres nesse mundo.

SOBRE MIM

Priscila Kamoi é formada em Administração e Marketing pela Baldwin Wallace University. Trabalhou durante 7 anos no mundo corporativo e após câncer, largou a carreira corporativa para ter uma vida com mais propósito, liberdade e felicidade. Viu o blog como uma forma de unir tudo o que ama: viajar, ler, escrever, fotografar, moda, comer, culturas e pessoas. Já teve seu olhar por 24 países até agora e possui mais de 60 roteiros de viagens.Viajante, empreendedora e nômade digital por opção SAIBA MAIS

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