“Everyone you meet is fighting a battle you dont know. Be kind. Always.”
Semana passada conheci uma pessoa que conversei durante horas. Não sobre trabalho, não sobre política ou vida profissional. Fiquei em choque na tamanha sintonia que tivemos conversando sobre a vida, com profundidade, sobre sonhos, planos para o futuro, pessoas, viagens, momentos, histórias do passado, sobre a vida em si. Não tinha uma conversa com tanta sintonia há muito tempo, nem com amigos ou relacionamentos passados. Isso não deveria ser anormal.
Refleti e cheguei à reflexão que essa é a geração que não se apega, que se satisfaz com pornografia e stripper virtuais ao invés de um sexo olhando nos olhos. Que se satisfaz com baladas, bebidas, carros, jet ski e mulheres superficiais. Essa é a geração que sofre sozinha, que tem depressão, coisas mal resolvidas e ataques de pânico. Que se comunica através de likes e comentários em redes sociais. Que se preocupa mais se vai receber os créditos pela foto que tirou do que aproveitar o momento. Que não fala sobre seus sentimentos, fracassos, derrotas, sonhos, planos para o futuro.
Essa é a geração que prefere ficar no silencio ao invés de dizer o que sente, que prefere joguinhos para ver quem está por cima, para ver quem ama menos, quem sofre menos, quem erra menos, quem está certo ou errado. Que é tão egoísta que prefere ignorar uma ligação para escutar o que o outro tem para dizer, que não quer saber do outro ou perguntar como está. Que diz não ter tempo e paciência, está sempre ocupada. Que não liga para mãe ou amigos para saber como estão. Ou só tem amigos quando lhe convém, para sair, beber, desbaratinar a cabeça e reclamar dos outros e de política.
Eu faço parte dessa geração. Mas eu procuro me comunicar e ser uma pessoa mais humana. Não tenho medo de amar, sofrer, me entregar e falar o que eu sinto. De chorar, de começar de novo, de tentar. Gosto de conversar com os outros, escutar, trocar ideias com mais profundidade sobre a vida.
Esse é o bloco do eu sozinho. Tanta gente ao redor, amigos nas redes sociais, mas nos sentimos mais sozinhos do que nunca. Espero que tenhamos sempre amor para dar, força para recomeçar e coragem para mudar. Que não nos falte amigos de verdade, relacionamentos sem jogos, conversas boas… Quanto à mim, tá tudo bem, tá sempre tudo bem aos olhos daqueles que não querem saber ou pouco se importam.
Priscila Kamoi
FAÇA SEU ROTEIRO DE VIAGEM PERSONALIZADO COMIGO
SOBRE MIM
Priscila Kamoi: Formada em Administração e Marketing pela Baldwin Wallace University. Após câncer, decidiu largar carreira corporativa para ter seu próprio negócio. Viajante, empreendedora e nômade digital por opção. Já teve seu olhar por 20 países até agora! Possui uma marca de camisetas ! SAIBA MAIS
Acompanhe o blog no Facebook e no Instagram
Inscreva-se no canal Blog Jornada Kamoi no Youtube
Beijos, Pri Kamoi
5 respostas para “O bloco do eu sozinho”
Oie! cheguei aqui no seu blog por conta de um post no Partiu Plano B – adorei sua história! mesmo!
parabéns pela coragem, que acho que entre tudo que listou pra mudar de vida, é o mais difícil
Bjus
Obrigada Taina!! Beijos
Priscila amei o texto, simplesmente demais! Me identifiquei muito, pois a um tempo estou nessa busca de sentidos verdadeiros para vida! Sou como você não tenho medo de amar, sofrer ,entregar e dizer o que sinto! Como uma luva veio o seu texto!
Obrigada!!
Parabéns pelo blog Priscila!
Também penso como vc. Que era superficial estamos vivendo. A cada dia percebo mais isso: menos sentimentos, menos amor, menos se importar. Triste.
Obrigada Myla 🙂